Prefeito faz apelo para que não haja greve do transporte coletivo
02/06/2017
Diante da possibilidade de paralisação do Sistema de Transporte Coletivo Urbano no início da próxima semana, o prefeito José Crespo fez um apelo na tarde desta sexta-feira (2), durante a realização de uma entrevista coletiva, para que os motoristas da categoria não entrem em greve. “Faço um apelo para que todos os envolvidos – sindicato e motoristas – não façam greve, principalmente em razão da crise financeira do país e da grave crise financeira da Prefeitura de Sorocaba. Embora seja um direito legítimo, isso vai prejudicar muito à nossa população”, destacou o chefe do Executivo, em seu gabinete, no 6º andar do Paço Municipal.
Também presente no encontro, o secretário de Acessibilidade e Mobilidade, Wilson Unterkircher Filho, presidente da Urbes – Trânsito e Transportes, fez outro pedido: “Todo o procedimento legal já foi feito. Outro apelo que estamos fazendo é para que se a greve mesmo assim ocorrer, que seja de forma absolutamente ordeira, sem depredação, vandalismo ao patrimônio publico, para que a população não seja afetada de uma forma ainda maior”, enfatizou.
As empresas concessionárias STU e Consor receberam na tarde de quarta-feira (31) a notificação do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Sorocaba e Região a respeito da paralisação do Sistema de Transporte Coletivo Urbano.
Como se trata de um serviço essencial a milhares de sorocabanos, a Urbes ajuizou na tarde de quinta-feira (1º) ação com pedido liminar junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para que seja mantida 70% da frota em horário de pico, das 6h às 8h e das 17h às 19h, e 50% nos demais horários, e não apenas 30% conforme informado pelo sindicato da categoria.
A ação ainda pede a coibição de depredação de qualquer tipo de equipamento ou instrumento que integre o sistema de transporte, como terminais, áreas de transferência, pontos e abrigos de ônibus, bem como os veículos utilizados na prestação do serviço. O pedido à Justiça também trata da proibição da prática chamada “catraca livre”, ou seja, permitir que os usuários entrem pela porta traseira dos ônibus ou nos terminais sem o devido pagamento da tarifa. A Justiça optou por não se manifestar a respeito desta ação até que a paralisação se inicie de fato e, em contrapartida, marcou uma audiência de tentativa de conciliação e instrução para segunda-feira, às 14h.
Se a paralisação realmente ocorrer, o Terminal Santo Antônio e o Terminal São Paulo serão abertos normalmente e todas as linhas continuarão em circulação, porém, com uma quantidade mínima de ônibus e com longos intervalos de espera.
O sistema de transporte possui 106 linhas de ônibus em operação que percorrem a cidade de norte a sul e de leste a oeste. Circulam diariamente nos terminais cerca de 120 mil passageiros, sendo: 80 mil no Terminal Santo Antônio e 40 mil no Terminal São Paulo. São transportados, em média, 4,5 milhões de passageiros/mês.
Os agentes de trânsito também estarão posicionados em pontos estratégicos de tráfego para minimizar os efeitos da paralisação. Já a central semafórica operará em esquema diferenciado para dar fluidez às vias arteriais. Os agentes que trabalham no CCO Trânsito (Centro de Controle Operacional) auxiliarão no monitoramento do trânsito através das câmeras instaladas na cidade. A Urbes disponibiliza informações aos munícipes pelo telefone 118.