Prefeitura e Urbes vão ao TRT para tentar garantir volta dos ônibus
25/04/2020
A Prefeitura de Sorocaba e a Urbes - Trânsito e Transportes vão ingressar ainda neste sábado (25) no Tribunal Regional do Trabalho, em Campinas, com uma ação de tutela antecipada para tentar garantir a manutenção de pelo menos 40% da frota de ônibus operando no sistema de transporte coletivo urbano da cidade. Por ser um serviço considerado essencial, qualquer paralisação no sistema tem que ser comunicada com 72 horas de antecedência, observando-se sempre a manutenção de um patamar mínimo que garanta a continuidade do serviço à população usuária.
Também neste sábado, a Urbes registra um Boletim de Ocorrência na Delegacia contra a diretoria do Sindicato dos Motoristas dos Transportes Rodoviários de Sorocaba e Região, por conta da paralisação do sistema que, na tarde/noite da sexta-feira (24), deixou o usuário do sistema sem transporte público para retornar para casa, já que os condutores paralisaram suas atividades no final da manhã e não mais retornaram ao trabalho.
Essas foram as principais deliberações da reunião de mais de quatro horas conduzida pela prefeita Jaqueline Coutinho, a direção da Urbes e um grupo de secretários municipais, para discutir e buscar encaminhamentos que possam devolver à população o transporte público, ainda que em condições diferenciadas, adotadas logo após a adoção do sistema de quarentena de combate ao novo coronavírus. "Estamos fazendo de tudo para que o transporte volte. Lamentamos que empresas e sindicato não mostrem a flexibilidade necessária e recomendável neste momento de excepcionalidade que estamos vivendo por conta da pandemia. O Poder Público trabalha e busca que o interesse do usuário do sistema seja respeitado e preservado", disse a prefeita.
Prefeitura e Urbes lembram que, mesmo com uma frota circulante menor, necessária neste momento de isolamento social, o subsídio ao Sistema de Transporte Coletivo tem sido mantido em sua integralidade, exatamente para que as empresas tenham fôlego para cumprir suas obrigações trabalhistas, mesmo num momento em que a queda de demanda passageiros tenha atingido o patamar aproximado de 90%.