Sindicato não aceita proposta e greve de ônibus é retomada


22/06/2017


Nesta quinta-feira (22), por volta de 18h20, foi retomada a paralisação do Sistema de Transporte Coletivo Urbano, prejudicando mais uma vez a população sorocabana. Uma audiência de tentativa de conciliação e instrução foi realizada nesta manhã no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, em Campinas, porém o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Sorocaba não aceitou proposta na negociação de reajuste salarial da categoria.

 

O salário atual do motorista do transporte público de Sorocaba é de R$ 3.410,00 por mês para uma jornada diária de 6h40. Uma série de benefícios também é concedida à categoria, como plano de saúde, cesta básica, adicional por tempo de serviço, vale refeição, PLR, gratuidade no transporte, entre outros.

 

De acordo com a Urbes – Trânsito e Transportes, além do reajuste máximo possível diante do cenário atual oferecido pelas concessionárias, o Governo Municipal já prevê um subsídio estimado em aproximadamente R$ 70 milhões neste ano para garantir a manutenção do equilíbrio econômico e financeiro desse sistema.

 

Portanto, com a preocupação em manter este equilíbrio, bem como os benefícios aos passageiros, a Prefeitura de Sorocaba entende que um aumento nos custos, neste momento, poderia causar um grande desequilíbrio, afetando a qualidade e, consequentemente, causando prejuízos aos seus usuários e também a garantia dos direitos trabalhistas aos empregados do sistema.

 

Dissídio e liminar

Durante audiência, a Consor e a STU informaram que ajuizarão dissídio coletivo. Além disso, como se trata de um serviço essencial à população, a Urbes ajuizou no dia 1º de junho uma ação com pedido liminar junto ao TRT para que seja mantida 70% da frota em horário de pico, das 6h às 8h e das 17h às 19h, e 50% nos demais horários.

 

A ação ainda pede a coibição de depredação de qualquer tipo de equipamento ou instrumento que integre o sistema de transporte, como terminais, áreas de transferência, pontos e abrigos de ônibus, bem como os veículos utilizados na prestação do serviço. O pedido à Justiça também trata da proibição da prática chamada “catraca livre”, ou seja, permitir que os usuários entrem pela porta dianteira dos ônibus ou nos terminais sem o devido pagamento da tarifa.

 

Na audiência, a Urbes reiterou o pedido para concessão da tutela antecipada com o intuito de garantir a manutenção da frota, conforme mencionado anteriormente, no entanto o Tribunal apreciará o pedido após a demonstração do início do movimento grevista. O sindicato comprometeu-se a garantir 40% da frota e 100% do Transporte Especial.

 

Como está funcionando

O Terminal Santo Antônio (TSA) e o Terminal São Paulo (TSP) estão abertos e todas as linhas devem continuar em circulação, porém, com uma quantidade mínima de ônibus e com longos intervalos de espera.

 

O sistema de transporte possui uma frota operacional de 359 veículos e 106 linhas de ônibus que percorrem a cidade de norte a sul e de leste a oeste. Circulam diariamente nos terminais cerca de 120 mil passageiros, sendo 80 mil no Terminal Santo Antônio e 40 mil no Terminal São Paulo. São transportados, em média, 4,5 milhões de passageiros/mês.

 

Os agentes de trânsito também estão posicionados em pontos estratégicos de tráfego para minimizar os efeitos da paralisação. Já a central semafórica opera em esquema diferenciado para dar fluidez às vias arteriais. Os agentes que trabalham no CCO Trânsito (Centro de Controle Operacional) auxiliam no monitoramento do trânsito através das câmeras instaladas na cidade. A Urbes disponibiliza informações aos munícipes pelo telefone 118.

 




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